Durante uma aproximação diurna a um canal com boias, um petroleiro parou suas máquinas e manteve o seguimento para permitir mais tempo para que os navios que estavam no cais pudessem sair com segurança.
Ao passar pela entrada do canal do porto, o motor principal foi solicitado a operar em “muito devagar adiante”, mas não conseguiu dar partida. Vários minutos se passaram sem informação explícita da praça de máquinas sobre a natureza do problema, que eventualmente parecia ser um problema elétrico no sistema de controle (fusíveis).
Os maquinistas, após pedido do comandante e do prático, não conseguiram estabelecer imediatamente o controle local do motor principal, por isso decidiu-se largar o ferro de boreste e fundear o navio temporariamente próximo à área de águas abrigadas.
Um rebocador foi solicitado no local para auxiliar na realocação da embarcação para uma área de fundeio designada.
Os maquinistas, após algum tempo, conseguiram reestabelecer o controle local do motor principal. Aproximadamente 2 horas depois, o rebocador chegou ao local e avançou rapidamente antes de começar a suspender o ferro. A embarcação foi rebocada para o ancoradouro designado utilizando o controle local do motor principal conforme necessário. A embarcação permaneceu fundeada por três dias enquanto os reparos foram conduzidos e acompanhados pela sociedade classificadora.
A preocupação do colaborador era o tempo excessivo para avaliar o problema mecânico, necessitando da necessidade imediata de fundear em emergência e de maior familiaridade com os procedimentos de emergência.
O relato destaca que as competências de avaliação precisas e a familiaridade com os equipamentos de emergência marítima são cruciais para garantir a segurança e a eficácia das operações marítimas. É destacada a importância da experiência na identificação das causas dos problemas de máquinas, enfatizando a necessidade da equipe de máquinas se envolver no pensamento coletivo para permitir uma colaboração eficaz com a equipe de passadiço para antecipar e planejar as ações necessárias.
No entanto, o apoio da infra-estrutura e a disponibilidade de assistência podem variar dependendo da localização da embarcação, acrescentando complexidade extra às emergências.
Em termos de treinamento de maquinistas para resolver coletivamente problemas de máquinas, recomenda-se a abordagem da Estratégia de Curto Prazo, especialmente quando não existem regras ou procedimentos predefinidos disponíveis. A realização de reuniões no Centro de Controle de Máquinas para discutir o problema, avaliar riscos e avaliar o tempo disponível pode melhorar significativamente o trabalho em equipe, estabelecer um modelo mental compartilhado e melhorar a comunicação entre as equipes do máquinas e de passadiço. Esta abordagem colaborativa ajuda a garantir uma resposta coordenada aos desafios.
O relato também sugere que os maquinistas devem ser bem versados na operação de controles alternativos de emergência específicos de seus navios e praticar seu uso regularmente para manter a familiaridade com os sistemas. Exigir que cada maquinista opere o controle local pelo menos uma vez durante seu embarque (normalmente a cada três meses) pode ajudar a manter suas habilidades afiadas e garantir que eles possam gerenciar com eficiência equipamentos críticos.
O relato também reconhece o profissionalismo demonstrado pelo comandante e pelo prático no incidente específico mencionado. As suas ações estavam de acordo com a gravidade do problema do motor, refletindo a sua experiência e capacidade de lidar adequadamente com situações desafiadoras.
Alerta – Manter o passadiço informado sobre o problema na praça de máquinas é vital. A troca de informações deve ser concisa e transmitida de forma clara. Se você ainda está tentando descobrir o problema, informe regularmente. A equipe do passadiço pode agir com base nessas informações e fazer planos de contingência. A equipe do passadiço deve compreender que a resolução de problemas pode ser um desafio e levar isto em consideração durante o planejamento de contingência.
Trabalho em equipe – Crie um modelo mental compartilhado do problema e incentive o desafio. Este é um conjunto de competências que todos os líderes operacionais devem ser treinados para aplicar durante operações de resposta a emergências.
Capacidade – Faça a pergunta em seu próximo navio – todos nós sabemos como operar os controles alternativos de emergência do motor? Quando foi a última vez que você os operou? Os gerentes e o DPA devem solicitar para ver o controle local em operação quando as circunstâncias permitirem.