O colaborador informou ao CHIRP que a tripulação de um graneleiro estava sem comida a bordo. Quando alguns tripulantes visitaram a Missão dos Marinheiros, receberam alimentos recentemente vencidos de um supermercado local a um custo reduzido para a tripulação. O colaborador indicou que a tripulação estava morrendo de fome porque não havia provisões a bordo.
O relato solicitou que o CHIRP interviesse e informasse as autoridades para verificarem o estado dos alimentos a bordo.
O CHIRP contatou o Port State Control e uma investigação foi realizada.
Todos os estados de bandeira determinam um requisito mínimo para o fornecimento diário de alimentação da tripulação, que deve ser refletido no orçamento da empresa. Isto inclui a atribuição de uma reserva para provisões essenciais quando possa haver incerteza na programação de estadias em portos e no acesso a bons fornecedores.
O fornecimento de alimentos baratos e de baixa qualidade não só leva a um maior desperdício, mas também representa riscos de saúde a longo prazo para a tripulação, incluindo aumento das taxas de diabetes, obesidade e problemas cardíacos. Ficar sem comida para a tripulação é totalmente inaceitável e só deve ocorrer em circunstâncias excepcionais.
O comandante e a tripulação não deram a devida atenção ao abastecimento, um aspecto crítico para garantir a navegabilidade do navio. A quantidade de alimentos necessária deve ser avaliada com base no tamanho da tripulação, no padrão comercial e na disponibilidade de empresas de abastecimento adequadas. Negligenciar esta avaliação pode resultar em consequências graves para a saúde e o moral da tripulação.
A compra de alimentos vencidos ou a preço reduzido indica que o orçamento alimentar é orientado por medidas de redução de custos, em vez de priorizar o bem-estar da tripulação. Esta prática é inaceitável e compromete a segurança e o bem-estar das pessoas a bordo.
Capacidade – O comandante geralmente tem a responsabilidade de verificar a qualidade e quantidade dos alimentos a bordo. Isto requer muita atenção aos requisitos e trabalho em estreita colaboração com o cozinheiro. Você gerencia bem esse trabalho? Você acha que seu orçamento de provisões está muito apertado para pedir comida de boa qualidade?
Capacidade – O cozinheiro da sua embarcação possui os certificados profissionais apropriados? Existem cursos regulares de atualização de culinária que podem ser realizados? Quão variadas são suas refeições?
Alerta – Se você achasse que a qualidade e a quantidade de seus alimentos eram insuficientes, você entraria em contato com o DPA?
Cultura – Ter o tipo certo de alimentação disponível cria uma excelente atmosfera social e faz parte de uma boa cultura social a bordo. Consulte o projeto Social Integration Matters (SIM), realizado pela International Seafarers Welfare Assistance Network (ISWAN).